terça-feira, 3 de maio de 2016

A HISTÓRIA DO EX-GOLEIRO DANILO PAGOT, O ESTÁDIO MUNICIPAL E O JUARA ATLÉTICO CLUBE


Danilo Pagot foi um goleiro que iniciou sua carreira no Juventus Atlético Clube, de Cotiporã-RS, nos anos 50, juntamente com seus irmãos Américo e Ferdinando o seu cunhado Edgar Fellini.

Foi goleiro dos times de base do Sport Club Internacional de onde saiu para se tornar, depois, como profissional, passando a integrar a equipe do Esporte Clube Veranense, de Veranópolis-RS, hoje Veranópolis Esporte Clube, onde atuou por diversos anos como titular.
Danilo Pagot goleiro do Esporte Clube Veranense, de  Veranópolis-RS, anos de 1950. 

Quando a família mudou-se para Bento Gonçalves-RS, Danilo abandonou o futebol devido aos baixos salários que não lhe davam perspectivas de um futuro mais seguro. Assim, acabou optando por transferir-se para o Norte do Paraná, onde seu irmão mais velho, Ferdinando Felice Pagot tornara-se um empresário bem sucedido e com negócios diversificados, como supermercado, lojas de tecidos, ferramentas e utensílios domésticos. Lá Danilo trabalhou por um bom tempo auxiliando o irmão no controle dos negócios, já que Ferdinando havia sido nomeado prefeito de São Miguel do Iguaçú, o que dificultava a administração dos negócios e, assim, precisava de uma pessoa de confiança e capacitada para dar seguimento às empresas.

Tempos depois Danilo Pagot, já casado com Nilsa Tedesco Pagot, resolveu tomar seu próprio rumo na vida e assim mudou-se para a pequena cidade de Juara-PR, localizada a 730 Km da Capital, onde, nas horas vagas, dedicava-se à administração do Juara Futebol Clube e a construção do Estádio Municipal, quando passou a sediar o Campeonato Matogrossense de Futebol da Segunda Divisão.

Danilo Pagot, além de ter sido um dos desbravadores da então pequena Juara-MT, foi um determinado incentivador e participante atuante do Juara Futebol Clube e da construção da hoje VILA OLÍMPICA DANILO PAGOT, oficializado pela Prefeitura Municipal de Juara-MT no dia 1° de junho de 2014.
Danilo Pagot (casaco xadrez) com o Sr. Idílio Chibiaqui tratando de assuntos do Juara Futebol Clube.

Danilo Pagot (de frente), representando o Juara Atlético Clube, trocando estandarte com representando de outro clube antes do início da partida.

Estadio Municipal da cidade de Juara, Mato Grosso, o qual teve a iniciativa e a participação de Danilo Pagot, que hoje leva o seu nome.


E desde o dia 1° de junho de 2014 foi reinaugurado como Vila Olímpica DANILO PAGOT

Danilo Pagot, segundo da esquerda para a direita, goleiro dos veteranos de Futsal do São Miguel do Iguaçú - MT

Danilo Pagot, que nasceu em Garibaldi-RS, no dia 15 de julho de 1934 e faleceu em Juara-MT, no dia 18 de julho de 1996, pela sua dedicação e abnegação ao desenvolvimento do futebol na Região,  que, mesmo com todo o empenho de Danilo e a diretoria, ficou fora do campeonato por 23 anos. E, assim, acabou sendo homenageado com seu nome no Estádio Municipal Danilo Pagot, Juara-MT. Lembro que o diretor do Juara Atlético Clube, Vicente Antônio de Souza, havia pontuado que era a primeira vez que o Estádio recebia jogos de competições estaduais já que até aquele momento o Estádio Municipal, sem grandes condições, havia recebido somente jogos com clubes amadores: "A população está animada com a possibilidade de estarmos novamente no (campeonato) Matogrossense depois de todos esses anos. Estamos somando esforços para levar à frente esta iniciativa", comentou Vicente Antônio de Souza na ocasião.

O torneio que garante duas vagas na elite estadual neste ano de 2016, está previsto para começar no dia 05 de setembro e os clubes terão até o dia 31 de julho para responder a FMF - Federação Matogrossense de Futebol a confirmação na disputa. Além do Juara Atlético Clube outras cinco equipes estão na disputa, como a Associação Atlética Sorriso, Sociedade Ação de Futebol, Futebol Clube Operário, Mato Grosso Esporte Clube e Associação Atlética Araguaia. Todo esse trabalho foi resultado do empenho e abnegação da diretoria do Juara Atlético Clube, cuja iniciativa contou com a efetiva e fundamental participação do ex-goleiro e ex-diretor Danilo Pagot, o que torna mais do que justa a homenagem de dar seu nome ao Estádio Municipal de Juara.

Contatos via e-mail: xicojunior.pagot@gmail.com

sábado, 17 de maio de 2014

HISTÓRIA DO BRASIL, DE PELOTAS; DO EXTINTO G. E. RENNER, O "PAPÃO DE 1954" E

1950 - BRASIL 2 X 1 SELEÇÃO DO URUGUAI

Esse foi um feito num jogo treino da Seleção do Uruguai contra o Grêmio Esportivo BRASIL, de Pelotas, em partida disputada no Estádio ..., quando o time brasileiro derrotou a célebre Seleção do Uruguai pelo placar de 2 x 1. Três meses depois, com o Estádio do Maracanã com de mais de 150 mil torcedores brasileiro, a Seleção Brasileira de Futebol foi derrotada na final pela Seleção do Uruguai pelo mesmo placar de 2 x 1, sendo, tornando-se, assim, a Seleção Uruguaia campeão do Mundo e o Brasil, sede da Copa Jules Rimet, ficando com o vice-campeonato. A partida foi realizada no dia 16 de julho de 1950.

SELEÇÃO DO BRASIL - Moacir Barbosa; Augusto e Juvenal; Bauer, Danilo e Bigode. Atacantes: Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico (ex-Grêmio e já jogando pelo Vasco da Gama). - Técnico: Flávio Costa.

SELEÇÃO DO URUGUAI - Máspoli; Matias Gonzales e Tejera; Gambetta, Varela e Rodrigues. Ataque: Ghiggia, Julio Perez, Niguez, Schiaffino e Norán - /técnico: Juan Lopez.

Gols de: Friaça (BRA) aos 2'; Schiaffino (URU) aos 21' e Ghiggia (URU) aos 34' do 2º tempo)
Juiz: George Reader (Inglaterra)
Público: 173.850, porém estimado em 200.000 enytre pagantes e não-pagantes.

====================================================

HISTÓRIA DO EXTINTO GRÊMIO ESPORTIVO RENNER, DE PORTO ALEGRE - O PAPÃO DE 1954
Caixa de fósforo promocional anunciando que o G. E. Renner foi campeão estadual INVICTO. No centro o super-craque e depois técnico, Enio Andrade. E a capa do álbum de figurinhas "Idolos do Futebol Brasileiro", publicado em 1955. Guardo desses álbuns um comigo completo.
Time do G. E. RENNER, campeão de 1954:

Valdir de Moraes, Orlando, Paulistinha, Bonzo, Ivo Andrade e Olávio. Ataque: Pedrinho I, Breno Mello (depois foi para o Fluminense e acabou ator de cinema com o filme "Orpheu Noir" (Orfeu do Carnaval, rodado em 1959), Juarez, Enio Andrade (era o craque e posteriormente foi técnico consagrado em diversos clubes brasileiros) e Joecy. - Técnico: Selviro Rodrigues.

Abaixo a página do álbum de figurinha "Ídolos do Futebol Brasileiro), publicado em 1955. Nela estão as fotos individuais do jogadores que formaram o time que foi Campeão Gaúcho de 1954. A parir da conquista desse inesquecível título o G. E. Renner manteve, por 44 anos, o privilégio de ser a única equipe a romper a hegemonia da dupla Sport Club Internacional e Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense na liderança do futebol gaúcho.

O Grêmio Esportivo Renner foi fundado em 27 de julho de 1931 e manteve-se em atividade até 1959, quando foi extinto. Em 15 de novembro de 1935, o Renner inaugurou o Estádio Tiradentes, também chamado de "Estádio Waterloo", na Av. Sertório, vencendo a partida inaugural com Taquarense pelo placar de 5 x 4. Em 1954 a equipe sagrou-se campeã do Torneio Citadino, deixando Inter e Grêmio para trás, com 3 (três) rodadas de antecedência e, assim, garantiu o direito de, num triangular com equipes do interior (G. E. Brasil, de Pelotas e Ferro Carril, de Uruguaiana), disputar o título estadual. No dia 3 de abril de 1955 venceu o Brasil, de Pelotas, e vestiu as faixas de Campeão de 1954. Em 1938 o Clube venceu o Torneio Início Municipal (Porto Alegre), disputando o campeonato gaúcho.
E em 1959 o G. Esportivo Renner, até então mantido pela Indústria Renner, foi extinto. Mas deixou escrito na história do futebol do Rio Grande do Sul um feito, sem dúvida, memorável e comemorado pelos rennistas até hoje.
Time do Grêmio Esportivo RENNER, campeão gaúcho de 1954.

Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br

PRIMEIRA SELEÇÃO BRASILEIRA EM 21 DE JULHO DE 1914


NESTE ANO D 2014 COMPLETA 100 ANOS DO PRIMEIRO JOGO DA SELEÇÃO BRASILEIRA EM 21/07/1914, QUE VENCEU O EXETER CITY, DA INGLATERRA, POR 2 X 0 COM GOLS DE OSWALDO GOMES E OSMAN, JOGO REALIZADO NO ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS, RIO.

Um feito histórico para o futebol brasileiro, mas que infelizmente acabou caindo no ostracismo tanto pala CDF quanto pela mídia (televisão, rádio, jornais e revistas). Só na internet se consegue pesquisar sobre esse memorável feito da Seleção Brasileira de Futebol.

G. E. BRASIL (PELOTAS/BRA) x Seleção do Uruguai
Competição: Amistoso Internacional - 1950

Data – 19/03/1950

Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (URU)

Juiz: Marino Fernandez

Gols: Darcí, Míguez (penalty) e Mortosa (penalty).

URUGUAI: Máspoli; Martinez e Carrizo; Domingo Rodriguez, Duran e Cajiga; Ghiggia, Chello, Míguez, Burgeño e Vidal.

G.E. BRASIL: Arizábalo, Dario e Bedeu; Tibirica, Raul Rodriguez e Tavares; Mortosa, Galego, Darci, Manoelsinho e Plínio.

Contatos: la-stampa@ig.com.br

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A SELEÇÃO GAÚCHA QUE ORGULHOU O BRASIL EM 1956







No eixo Rio-São Paulo sempre houve um notório preconceito contra os clubes e os jogadores do Rio Gradende do Sul. Tal fica mais do que comprovado quando se viu craques como Oreco, Paulinho de Almeida, Cláudio Danni, Chinezinho e Tosourinha (do Inter), Calvet e o ponteiro esquedo Chico (do Grêmio) e o goleiro Valdir Peres (do Renner), só serem convocados depois que se transferiram para o Rio ou São Paulo. Nos anos 50 e 60 o preconceito era inda mais pronunciado.

E isso que os craques que jogavam no Estado já vinham mostrando competência e talento, tanto que em 1956 a Seleção Brasileira de Futebol que conquistou o II Pan-Americano no México, foi integrada exclusivamente por jogadores que atuavam em clubes gaúchos. Assim foram representados o Sporto Clube Internacional, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, o Grêmio Esportivo Renner, o Pelotas e o Esporto Clube Floriano, de Novo Hamburgo.

É claro que, anos depois, tivemos muitos outros jogadores jogando em clubes gaúchos convocados, mais precisamente apartir da década de 70, quando o S. C. Internacional conquistara o tri-campeonato Brasileiro, inclusive em 1979 com uma trajetória invicta. Feito até hoje não reprisado, enquanto o Grêmio conquistava o título de Campeão Interclubes no Japão. Foram convocados então: Luiz Luz (nos anos 40), Airton "Pavilhão" e Alcindo Martha de Freitas (anos 60), Renato Gaúcho e Everaldo (G); Paulo Roberto Falcão, Batista, Manga, Valdomiro, Claudiomiro, Paulo César Carpeggini, Tovar, Carbone, Djair, Dadá Maravilha, Lúcio e outros.

E foi em 1956 que os gaúchos mostraram que estavam muito acima da conceituação "bairrista" de cariocas e paulistas. Acontecia o II Campeonato Pan-Americano de Futebo, no México. A CBF delegou ao Rio Grande do Sul que representasse a Seleção Brasileira de Futebol. José Francisco Duarte Júnior, o capitão Teté, do Internacional, foi escolhido como técnico. O time base era formado pelo goleiro Sérgio Moacir (G) que se revesava com Valdir Peres (R); Florindo (I) e Duarte (P); Oreco (I) , Odorico (I) e Enio Rodrigues (G) revesando com Figueiró (G). O ataque com Luizinho, Bodinho, Larry (todos do Inter), Enio Andrade (R) e Raul Klein (F) revesando com Chinezinho (I).
A chegada no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, foi com a maior recepção e a maior alegria que já se tinha visto no retorno de uma Seleção Brasileira de Futebol. Os jogadores seguiram até o centro de Porto Alegre em carro de Bombeiro, todos usando "sombrero", o tradicional chapéu mexicano, acompanhados do maior cortejo então já visto. Recepção no Palácio Piratini pelo governador do Estado, o saudoso Leonel e Moura Brizola. Depois recepção no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro (então capital do Brasil), residência oficial do Presidente da República, pelo então Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Fôra, até então, o maior e mais significativo título internacional conquistado por uma Seleção Brasileira de Futebol. Mas pouco, muito pouco os paulistas e os cariocas lembra ou comentam esse inédito e expressivo feito dos gaúchos.

Aqui relembramos, num resgate histórico, jogadores que formaram naquela inesquecível Seleção Brasileira de Futebol, que conquistou o título de Campeão do II Pan-Americano do México INVICTA, além do técnico e capitão Teté, chamado depois de "O Marechal das Vitórias".
JOGOS DISPUTADOS: 4 vitórias e 1 empate.
1) - BRASIL 2 x 1 CLILE
Estádio Olímpico - Cidade do México - 01/março/1956
SELEÇÃO DO BRASIL:
Sérgio Moacir, Florindo e Duarte; Oreco, Odorico e Enio Rodrigues: Luizinho, Bodinho, Larry, Enio Andrade e Raul Klein.
Gols: Luizinho e Raul Klein (Brasil) e J. Robelo (Chile).
2) - BRASIL 1 x 0 PERU
Estádio Olímpico - Cidade do México - 06/março/1956
SELEÇÃO DO BRASIL:
Sérgio Moacir, Florindo e Duarte; Oreco, Odorico e Enio Rodrigues, depois Figueiró; Luizinho, Bodinho, Larry, Enio Andrade e Raul Klein.
Gols de Larry (Brasil) - Expulsão: Tito Drago (Peru).
3) - BRASIL 2 X 1 MÉXICO
Estádio Olímpico - Cidade do México - 08/março/1956
SELEÇÃO DO BRASIL:
Sérgio Moacir, Florindo e Duarte; Figueiró, Odorico depois Enio Andrade, e Oreco; Luizinho, Bodinho, Larry (depois Juarez), Raul Klein depois Chinezinho.
Gols: Bodinho 2 (Brasil) e Del Aquila (México).
4) - BRASIL 7 x 1 COSTA RICA
Estádio Olímpico - Cidade do México - 13/março/1956
SELEÇÃO DO BRASIL:
Valdir Peres, Florindo e Duarte; Oreco, Odorico e Enio Rodrigues, depois Figueiró; Luizinho, Bodinho, Larry, Enio Andrade e Chinezinho.
Gols: Larry 3, Chinezinho 3 e Bodinho 1 (Brasil) e M. Rodrigues.
5) - BRASIL 2 x 2 ARGENTINA
Estádio Olímpico - Cidade do México - 18/março/1956
SELEÇÃO DO BRASIL:
Valdir Moraes, Florindo e Figueiró, depois Duarte; Oreco, Odorico e Enio Rodrigues; Luizinho, Bodinho, Larry, Enio Andrade e Chinezinho.
Gols: Chinezinho 1 e Enio Andrade 1 (Brasil), Yudica 1 e Sivori 1 (Argentina).

VÍDEO EXCLUSIVO produção de Xico Júnior

*** Para ampliar as fotos basta clicar em cima.
.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

"ROLINHO" DO INTER: SAUDADES DO FUTEBOL-ARTE











**
**
**
**
**
**
**
**
**
**
**
**
**
**
**
Uma das coisas que mais contribuem para o relacionamento com os amigos é uma boa conversa. E numa boa conversa não há como não se rebuscar fatos e feitos do passado. Papo vai papo vem e lá estão as lembranças, as vivências do passado. E um dos assuntos que mais entram em voga no bate-papo é o futebol. O futebol jogado com bola de meia recheada de trapos de panos ou a bola de borracha, que chupada o pé cada vez que se dava um chute mais forte, nos meio da rua de chão batido ou num campinho próximo de casa. Outras vezes, aí a coisa era mais sofisticada, se jogava com bola nº 5 não-oficial, bastante mais leve do que a bola oficial usada para jogos profissionais ou mesmo nos torneio da várzea nos campeonatos intersérie no colégio.

Era o tempo do futebol-arte, do futebol criatividade e inventividade, cheio de dribles, jogadas com efeito, ginga, a boa malícia e, naturalmente, o talento. E desse tempo, que nos remete aos anos 50, 60 e 70, lembro dos campeonatos estaduais em que participavam clubes como o Sport Club Internacional e seu Estádio dos Eucaliptos, batizado de Estádio Ildo Meneghetti; o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense com seu Estádio da Baixada; o Grêmio Esportivo Renner e seu estádio Whaterloo depois Estádio Tiradentes; Esporte Clube Cruzeiro e seu Estádio da Montanha; o Clube Atlético Nacional e o Estádio das Camélias; Esporte Clube São José, o Grêmio Esportivo Força e Luz e o Estádio da Timbaúva, todos de Porto Alegre. E mais o Clube Esportivo Aimoré, de São Leopoldo e seu campo chamado de "Taba"; o Esporte Clube Floriano, de Novo Hamburgo (hoje o Novo Hamburgo), o Grêmio Esportivo Flamengo, de Caxias do Sul (hoje G. E. Caxias), além de equipes de Bento Gonçalves, Pelotas, Bagé e Rio Grande, cidade berço do futebol no Brasil.

Desse tempo, na década de cinqüenta, o Sport Club Internacional, que já havia tido o famoso e imbatível "Rolo Compressor", na década de 40, havia formado um time que foi batizado de "Rolinho", por ser quase imbatível.

O capitão José Francisco Duarte Júnior, o Teté, servia na corporação no Rio de Janeiro. Mantinha um bom relacionamento com os dirigentes do Flamengo. Estava para retornar ao Rio Grande do Sul, onde voltari a ser treinador. Assim, fez uma porposta ao Flamengo: a troca do jovem zagueiro Gago, então com 17 anos e um futuro promissor, por Florindo, Quinzinho, Luizinho e Bodinho, craques que levou para o Nacional, onde foi ser o técnico, em 1951. No ano seguinte foi contratado pelo Sporto Club Internacional e junto levou uma plêiade dos melhores jogadores: o goleiro uruguaio La Paz, Florindo, Quinzinho, Luizinho e Bodinho. Contratou o centro-médio Salvador do Força e Luz e o centro-avante Larry Pinto de Farias, que era reserva do Fluminense do Rio de Janeiro. E assim surgiu o "Rolinho", que durou de 1952 a 1956.

TIME INESQUECÍVEL

De todos os times que acompanhei e ouvi (pelo rádio) jogar, o que mais impressionou, e que jogava o esquema 2-3-5, foi o formado por:
La Paz, Florindo e Oreco; Paulinho de Almeida, Salvador e Odorico; Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Canhotinho.
Antes, em lugar do Larry jogava o Mujica, cujo destino desconheço. Depois alguns foram sendo transferidos para clubes do eixo Rio-São Paulo, como Oreco (Corinthians e Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1958, tornando-se um dos campeões mundiais) e Paulinho de Almeida que foi para o Vasco da Gama e Seleção Brasileira de 1954. Só não foi convocado em 1958, devido a problemas num dos joelhos que acabou tirando-o do futebo). Assim novas contratações foram sendo feitas: o ponteiro esquerdo Chinezinho, que depois se transferiu para o Palmeiras, de onde foi para a Seleção Brasileira e encerrou sua carreira em times da Itália), os zagueiros Setembrino e Lindoberto e o lateral-direito Mossoró.

Tété, juntamente com esse time como base, comandou a Seleção Brasileira de Futebol que conquistou um dos primeiros e principais títulos para o Brasil, vencendo o II Pan-Americano, realizado no México, em 1956. E assim, pelo sucesso com o "Rolinho" do Inter e a conquista do Pan-Americando de 1956, Teté foi eternizado como "O Marechal das Vitórias".